quinta-feira, 25 de abril de 2013

Empresário joinvilense (Energético Red Horse) é condenado a 15 anos de prisão Regime Fechado em Florianópolis

Empresário joinvilense é condenado a 15 anos de prisão Regime Fechado em Florianópolis

Segundo a denúncia do MP, Rainor Ido da Silva seria o mandante de um assassinato ocorrido em 2000

Quase 13 anos depois, um empresário joinvilense foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado por motivo torpe. O empresário Rainor Ido da Silva – além de Valdir Vanderley da Veiga, Thomas Bodnar e Alcides Correa – todos de Joinville, foram a júri popular na tarde de quinta-feira (18), em Florianópolis. Eles foram condenados pela morte de Amaro João dos Santos, com 23 anos na época. O crime foi cometido em 2000.
Rainor e Valdir foram condenados a 15 anos de prisão. Thomas pegou 13 anos e seis meses, também em regime fechado, e Alcides foi condenado a sete anos, em regime inicial semiaberto. Todos tiveram o direito de recorrer da decisão em liberdade, mas receberam medidas cautelares.
Eles terão de comparecer todos os meses em juízo e justificar as atividades que estão realizando, como trabalho e outras, deverão entregar passaporte ou certidões para evitar que se ausentem do País, além de estarem proibidos de manter qualquer contato com a família da vítima.
Por segurança, o júri aconteceu em Florianópolis. O homicídio, de 22 de maio de 2000, foi em Araquari. Mas houve o pedido de desaforamento para que o júri popular ocorresse em outro município. A sessão foi presidida pelo juiz Paulo Marcos Farias. Na acusação, representando o Ministério Público Estadual, esteve o promotor Luiz Fernando Fernandes Pacheco.

Relembre o caso
Segundo denúncia e investigações da época, Rainor seria o mandante do crime, um dos outros teria executado Amaro a queima roupa, com 12 tiros disparados de uma pistola calibre 7.65. O crime ocorreu na localidade de Porto Grande, em Araquari. Amaro teria saído de carro de um posto de gasolina, na madrugada do dia 22 de maio de 2000. O veículo seria dirigido por Valdir. Os outros dois réus estariam juntos.
Rainor seguiu atrás, em um segundo carro. Eles foram até Porto Grande e, por volta das 3 horas da madrugada, teriam feito Amaro telefonar para seu irmão, Jorge Luiz de Souza, o Jorginho. Este estranhou a ligação e o pedido do irmão para fazer um frete a esta hora, e sugeriu fazê-lo no dia seguinte. Amaro, então, foi morto.
Ainda segundo investigações, Jorginho seria a vítima. Ele teria recebido R$ 4 mil para descobrir um furto na empresa de Rainor. Mas quando devolveu R$ 65 mil em cheques pré-datados, além de talonários de cheques e recibos de quatro caminhões, passou a ser suspeito do crime. Começou, então, as desavenças entre eles. Durante o processo e no júri, Rainor negou a autoria do crime.

EMPRESÁRIO RAINOR IDO DA SILVA, PROPRIETÁRIO DO ENÉRGICO RED HORSE FOI CONDENADO POR HOMICIDIO

A JUSTIÇA TARDA, MAS NÃO FALHA
O Empresário Rainor Ido da Silva de Joinville e mais 3 réus são condenados por homicídio


O Tribunal do Júri da Comarca da Capital condenou Rainor Ido da Silva - proprietário da empresa 101 do Brasil Industrial Ltda, de Joinville, fabricante de bebidas, entre elas o Energético Red Horse -, Vanderley da Veiga, Thomas Bodnar e Alcides Correa pelo homicídio de Amaro João dos Santos, ocorrido em Araquari, no mês de maio do ano 2000.
Segundo se apurou ao longo da instrução processual, Rainor, para vingar o roubo de cheques de sua empresa, que supunha ter sido praticado pelo irmão da vítima - Jorge Luiz de Souza - , tramou o crime com os demais acusados.
Os quatro réus, então, abordaram Amaro em um posto de gasolina na cidade de Araquari, e, cumprindo as ordens de Rainor, Vanderley, Thomar e Alcides levaram a vítima a um local ermo, onde a obrigaram a telefonar para Jorge, com o objetivo que ele viesse ao seu encontro. Jorge, no entanto, desconfiou da ligação e não foi ao local indicado. Embora não fosse a pessoa que inicialmente pretendiam matar, Vanderlei, Thomas e Alcides, em comunhão de esforços e com a anuência de Rainor, executaram Amaro com 12 tiros de pistola, muitos deles à queima-roupa.
Rainor e Vanderelei foram condenados a 15 anos de reclusão, e Thomas a 13, todos por homicídio qualificado por motivo torpe e em regime fechado. Alcides, vigia da empresa, foi condenado por homicídio simples a uma pena de 7 anos de reclusão, em regime semiaberto.
O Promotor de Justiça Luiz Fernando Fernandes Pacheco representou o MPSC na sessão do Tribunal do Júri, realizada nesta quinta-feira (18/4) e presidida pela Juiz de Direito Paulo Marcos de Farias. Os réus terão direito de recorrer em liberdade, mas deverão comparecer mensalmente ao Juízo da comarca onde estejam residentes e entregarem seus passaportes ou certidão dando conta da inexistência do documento. (AP n. 023.12.068492-9).

Fonte:  http://ndonline.com.br/joinville/noticias/65324-empresario-joinvilense-e-condenado-a-15-anos-de-prisao-em-florianopolis.html