quarta-feira, 29 de abril de 2015

Casa caída

Quem ganha dinheiro fácil, gasta fácil, principalmente quando obtido por vias escusas. E nesse gastar fácil, os que se acham espertos se entregam. Um exemplo do momento: o que derivou, semana passada, na expedição de 24 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão preventiva relacionados à Operação Arion II, que investigou um esquema milionário (mais de R$ 50 milhões de sonegação) de produção e venda de bebidas em vários municípios de SC, foi o comportamento dos envolvidos. Da noite para o dia, com a lavagem de capitais, não resistiam a se exibir com bens de luxo, como veículos importados em nome de empresa inexistente, imóveis, embarcações e festas, grandes festas.

Por: 

Raul Sartori

http://www.diariodosul.com.br/?pag=colunistas_&codcol=62&cod_coluna=14054&todos=1

QUADRO SOCIETÁRIO FABRICANTE RED HORSE ENERGY DRINK


Quadro societário da fabricante do RED HORSE ENERGY DRINK, o sócio Jonas Carvalho Bueno não consta na lista dos presos.
Como assim?
O Contabilista do Grupo também não está na lista dos detidos, ele está solto, e poderá destruir provas.



RED HORSE ENERGY DRINK: Saiba quem são os 12 presos após operação Arion II na sede de fabricante de bebidas em Joinville

A decisão judicial que autorizou a prisão preventiva de 12 investigados na Operação Arion 2 no último sábado, em Joinville, revela que interceptações telefônicas ampararam as suspeitas de que o grupo ligado à empresa 101 do Brasil Industrial, fabricante do energético Red Horse, atuava à margem do sistema tributário estadual.

No documento, assinado pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Joinville, Gustavo Henrique Aracheski, o magistrado aponta que relatórios de investigações e de interceptações telefônicas indicam a prática dos crimes de organização criminosa e contra a ordem tributária.

>> Mandados de busca também foram cumpridos no Rio Grande do Sul
— Os elementos informativos até aqui produzidos pelo Ministério Público e Gaeco indicam a existência de organização voltada à sonegação fiscal e de receitas pelos gestores da empresa 101 do Brasil Industrial, com auxílio direto de empregados e representantes — anotou o juiz.

A decisão também aponta que os gestores da empresa, Rainor Ido da Silva, Gilvan Cardozo da Silva e Roni Ido da Silva  não teriam como realizar sozinhos todas as tarefas articuladas (comercialização, propostas, vendas sem notas, pagamentos, emissão de notas fraudadas, transporte, entregas).

Entre os motivos citados para fundamentar as prisões preventivas, o juiz menciona a gravidade do quadro retratado, a necessidade de desarticular o grupo e impedir a continuidade dos crimes, além de se evitar interferências quanto às provas testemunhais e documentais.

Também consta na decisão judicial a origem da investigação Arion 2: partiu de um cunhado do empresário Rainor, representante legal de uma empresa de bebidas que havia sido investigada em Tubarão, a informação de que a 101 do Brasil praticava esquema ilegal em Joinville.

Conforme o informante, a empresa joinvilense faturava R$ 14 milhões mensais, mas declarava apenas R$ 1,5 milhões ao fisco.
PRÓXIMOS PASSOS
Como trata-se de uma investigação com suspeitos presos, o prazo judicial para o término da apuração é de dez dias e, depois, de mais cinco dias para que o Ministério Público apresente denúncia contra os envolvidos. Ou seja, desde o sábado a Justiça já considera o prazo total de 15 dias para que a manutenção das 12 prisões preventivas seja reavaliada.

Durante esse tempo, a investigação pode ter acesso aos suspeitos para tomar depoimentos e buscar mais informações.
OS PRESOS
Rainor Ido da Silva (gestor da empresa)
Gilvan Cardozo da Silva (gestor da empresa)
Roni Ido da Silva (gestor da (empresa)
Jaime Vieira Júnior
Marina Santos de Quadros (auxiliar administrativa)
Anderson Felício dos Reis
Fabiano Cardozo de Souza
Jefferson Daniel Bonete (motorista)
Cleverson Franco de Lima
Ademir Cesário Delfino (supervisor)
Anderson de Lima
Janderson da Silva (gerente financeiro)


CONTRAPONTOS
Como ainda não há ação penal judicializada, nem todos os investigados já têm defesa constituída. Somente os advogados Rodrigo Cesar Limas, Denize Schmauch de Oliveira, Vitor Josué de Oliveira e Antonio Luiz Lavarda procuraram a 2ª Vara Criminal como representantes de parte dos investigados até o fim da tarde de terça-feira.

O advogado Vitor Josué de Oliveira afirmou à reportagem que atua junto da advogada Denize e representa a empresa 101 do Brasil, mas que prefere não se manifestar a respeito dos gestores da empresa na condição de pessoas físicas por enquanto.

A reportagem fez contato com o advogado Antônio Luiz Lavarda e foi informada de que ele estava em audiência na terça-feira e só poderia se manifestar nesta quarta.

Nos dois telefones informados no cadastro do advogado Rodrigo Cesar Limas na OAB a reportagem não conseguiu contato.


Polícia Militar divulgou foto de mandado cumprido no apartamento de um dos investigados. Mais de R$ 1,5 milhão foi encontrado em uma mochila.
Fonte: http://m.diariocatarinense.com.br/noticias/todas/a4749766

Gaeco confirma prisão de envolvidos em esquema de sonegação de empresa joinvilense


Suspeita é de que a empresa conhecida como Caninha 101 tenha sonegado R$ 50 milhões em impostos 


Gaeco confirma prisão de envolvidos em esquema de sonegação de empresa joinvilense Schirlei Alves/Agencia RBS


Roelton Maciel
Operação Arion 2, que veio à tona com a prisão de 12 pessoas no sábado, sendo a maioria em Joinville, garantiu a detenção de proprietários, gestores e funcionários da empresa 101 do Brasil Industrial, responsável pela fabricação do energético Red Horse. 

Além de membros da alta cúpula da empresa, mais conhecida como Caninha 101, foram detidos profissionais que atuavam na emissão de notas fiscais e também vendedores e motoristas que comercializavam e entregavam produtos da marca joinvilense. 

>> Mandados de busca também foram cumpridos no Rio Grande do Sul
As informações são do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), coordenada pelo Ministério Público, que encabeçou as investigações com o apoio de outros órgãos estaduais e federais. Outras pessoas, que participavam do esquema na condição dos chamados laranjas, também foram presas. 

Durante a operação, o Gaeco localizou nas proximidades da empresa investigada um equipamento de falsificação de selos de controle tributário, além de milhares de selos artificialmente produzidos, aparentemente de origem ilícita, já impressos em tampas destinadas ao envasamento de bebidas. 

Os selos, sujeitos a acompanhamento e autorização da Casa da Moeda do Brasil, são obrigatórios e utilizados no controle da produção e, em consequência, na fiscalização da incidência de tributos federais.

Com exceção de um dos detidos, que está preso em Natal (RN) e deverá ser transferido nos próximos dias, os demais já estão no Presídio Regional de Joinville. Como as prisões são preventivas, não há prazo para que sejam soltos até nova determinação da 2ª Vara Criminal da cidade. . 

>> Em 2013, incêndio atingiu a fábrica de bebidas de Joinville

O foco da operação é um suposto esquema de comercialização de bebidas sem notas fiscais, com documentos fiscais de empresas de fachada, ocultação de receitas e de origem de patrimônio adquirido com o dinheiro ilegal. Conforme o Ministério Público, a lavagem ocorria por meio da compra de bens de luxo, como veículos importados em nome de empresa inexistente, imóveis e embarcações.

Os nomes dos 12 envolvidos só serão divulgados quando trâmites processuais que correm em segredo de Justiça estiverem concluídos. Não há confirmação sobre há quanto tempo ocorria a movimentação apontada como ilegal pelo Gaeco, mas o MP afirma que já havia indícios de negociações com a intenção de se evitar os controles fiscais desde o início das investigações, há sete meses. Estima-se que o montante sonegado alcance a casa dos R$ 50 milhões.


Polícia Militar divulgou foto de mandado cumprido no apartamento de um dos investigados. Mais de R$ 1,5 milhão foi encontrado em uma mochila.

Atividades prejudicadas
As ordens judiciais de prisão e de busca apreensão não determinam o fechamento da empresa, com sede na zona Sul de Joinville. Mas a continuidade do negócio, no entanto, depende que medidas administrativas sejam contornadas. Segundo o MP, a Vigilância Sanitária interditou a produção de energéticos.

A Receita Federal também lacrou o galpão onde há uma série de produtos para serem analisados. Dois carros estão na lista de apreensões confirmadas pelo Gaeco. Os veículos foram levados para a sede do próprio Gaeco em Joinville. Outros bens, como imóveis e lanchas, estão depositados com os chamados fiéis depositários (alguém fica responsável pelo bem, mas não pode se desfazer dele, por exemplo).

Os crimes

A investigação envolve os crimes de organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de capitais. 








terça-feira, 28 de abril de 2015

Operação Arion II leva à identificação de máquina de falsificação de selos

Durante operação realizada no último sábado, dia 25, integrantes do GAECO localizaram, nas proximidades da empresa investigada, um equipamento de falsificação de selos de controle tributário, além de milhares de selos artificiosamente produzidos, aparentemente de origem ilícita, já impressos em tampas destinadas ao envasamento de bebidas. Os selos, sujeitos a acompanhamento e autorização da Casa da Moeda do Brasil, são obrigatórios e utilizados no controle da produção e, em consequência, na fiscalização da incidência de tributos federais. 
Diante da prática de crimes de competência da Justiça Federal, com previsão de prisão, conforme os arts. 293 e 294 do Código Penal, foi acionada a Polícia Federal em Joinville, a qual prontamente aderiu à operação que se desenvolvia e procedeu à lavratura do competente auto de prisão em flagrante em desfavor do dono da empresa. 
Ainda como desdobramento da operação, a Vigilância Sanitária Municipal foi acionada para verificar as condições de fabricação das bebidas e, na seara de sua competência administrativa, interditou o estabelecimento na área em que são produzidos energéticos, após constatar irregularidades no processo de fabricação.
Operação Arion II
No sábado (25/4), foram cumpridos 12 mandados de prisão, sendo onze em Joinville e um em Natal (RN). Além das prisões, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão na sede da empresa, em Joinville e em residências nas cidades de Joinville, Araquari e Balneário Camboriú, além de municípios dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul.
Os mandados foram cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), - força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Fazenda, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Instituto Geral de Perícias. 
A Operação investiga, há sete meses, um esquema de produção de bebidas no Norte de Santa Catarina e seu comércio para a maioria dos Estados do Brasil, compreendendo venda e distribuição sem notas fiscais, com documentos fiscais de empresas de fachada, ocultação de receitas e lavagem de capitais com aquisição de bens de luxo. Há suspeitas, fundadas em denúncias ao Ministério Público, de que mais de R$ 50 milhões tenham sido sonegados com o esquema.
O nome, Arion II, é alusivo à outra operação, de natureza similar, desencadeada pela força-tarefa no Sul do Estado em setembro de 2013, denominada Operação Arion I, que motivou a continuidade das investigações.

domingo, 26 de abril de 2015

OPERAÇÃO ARION II - SONEGAÇÃO RED HORSE - LISTA PARCIAL DOS DETIDOS

Divulgada lista parcial dos envolvidos que tiveram prisão preventiva decretada!

Dentre os 12 detidos que tiveram a prisão preventiva decretada, e que já foram encaminhados ao Presídio Regional de Joinville, estão o Administrador do Grupo Red Horse, um sócio administrador, um Gerente Financeiro e o Contador.

Estes são apontados como os principais articuladores do esquema milionário fraudulento de sonegação de impostos Estaduais e Federais (ICMS, IPI, PIS/COFINS, IRPJ e CSLL, dentre outros).

Veja abaixo a relação parcial dos detidos:

PROPRIETÁRIO/ADMINISTRADOR: RAINOR IDO DA SILVA - CPF 55654444972
SÓCIO ADMINISTRADOR: GILVAN CARDOZO DA SILVA - CPF 06516259984
CONTADOR: CARLOS AUGUSTO LAMIM PEREIRA - CPF: 90156366991
GERENTE FINANCEIRO: JANDERSON DA SILVA - CPF



sábado, 25 de abril de 2015

PRISÃO PROPRIETÁRIOS E ENVOLVIDOS COM O RED HORSE - JUSTIÇA SEJA FEITA




Empresários do setor de bebidas que sonegavam impostos são alvo de operação

Empresa investigada soma R$ 3,5 milhões em autuações pelo Fisco gaúcho


A Receita gaúcha e o Grupo de Autuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Santa Catarina realizam operação conjunta neste sábado para desmantelar um grupo responsável por sonegação fiscal no ramo de bebidas. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido no litoral norte do Rio Grande do Sul. Também são cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão em cidades catarinenses. As informações são da Rádio Gaúcha.
A empresa, sediada em Santa Catarina, fabrica e distribui energéticos e bebidas destiladas a vários Estados brasileiros. No Rio Grande do Sul, uma distribuidora ligada ao grupo já soma R$ 3,5 milhões em autuações desde 2012 por multas e sonegação de ICMS.
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Segundo a Receita, os produtos eram distribuídos sem notas fiscais ou com valores declarados bem abaixo do mercado. O esquema envolvia também a utilização de empresas de fachada.
— O objetivo é tirar a empresa do mercado, não deixá-la operar em função dessas operações fraudulentas. Isso desequilibra o mercado — diz o chefe da Divisão de Fiscalização e Cobrança da Receita Estadual, Edison Moro Franchi.
As informações referentes às autuações foram repassada às autoridades de Santa Catarina em 2012. A partir daí, orgãos dos dois Estados passaram a trabalhar conjuntamente no caso. A investigação aponta a aquisição de patrimônio de luxo, entre eles veículos importados em nome de uma empresa inexistente, imóveis e embarcações.

* Rádio Gaúcha

ENERGÉTICO RED HORSE - OPERAÇÃO DEFLAGRADA PELA RECEITA FEDERAL E DEMAIS ORGÃOS COMPETENTES - A CASA CAIU

Empresa de bebidas de Joinville é investigada por lavagem de dinheiro

Suspeita é de que a empresa tenha sonegado R$ 50 milhões em impostos
Mandados de busca e apreensão e de prisão estão sendo cumpridos na sede da empresa, no
Mandados de busca e apreensão e de prisão estão sendo cumpridos na sede da empresa, noSchirlei Alves / Agencia RBS

Uma operação envolvendo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério PúblicoReceita Federal e EstadualSecretaria de Estado da FazendaPolícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal foi deflagrada na manhã deste sábado na sede da empresa 101 do Brasil Industrial, em Joinville.

A empresa de bebidas _ popularmente conhecida como Caninha 101 e responsável pela fabricação do famoso energético Red Horse _ está sendo investigada pelos crimes de organização criminosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de capitais. A empresa comercializa bebidas para quase todo o País.

A operação chamada de Arion II, em alusão a outra operação que ocorreu no Sul do Estado recentemente, foi deflagrada simultaneamente nas demais filiais da empresa em outros Estados. A investigação iniciou há pelo menos sete meses. A reportagem de "A Notícia" apurou que a força-tarefa pretende cumprir 24 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão preventiva. Os mandados foram cumpridos em Joinville, Araquari, Balneário Camboriú e municípios dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul



Polícia Militar divulgou foto de mandado cumprido no apartamento de um dos investigados. Mais de R$ 1,5 milhão foi encontrado em uma mochila.

De acordo com informações divulgadas no início desta tarde pela Secretaria de Estado da Fazenda, o esquema envolvia venda e distribuição de bebidas sem notas fiscais, com documentos fiscais de empresas de fachada, ocultação de receitas (inclusive com movimentação bancária em nome de interpostas pessoas e empresas) e de origem de patrimônio adquirido com valores provenientes dos Ilícitos.

A investigação levantou que a lavagem de capitais ocorria com a aquisição de bens de luxo, como veículos importados em nome de empresa inexistente, imóveis e embarcações. O grupo apura ainda o beneficiamento de empresas em função da aquisição de mercadorias sem notas fiscais, posteriormente revendidas sem sujeição aos controles fiscais.

Secretaria da Fazenda constatou que o esquema trouxe prejuízo aos cofres públicos e à sociedade. A quantia ainda não foi divulgada porque depende de apuração em auditoria fiscal que será realizada pelas Secretarias de Estado e Receita Federal do Brasil.

Equipamentos de informática e dados digitais foram apreendidos e serão encaminhados ao Instituto Geral de Perícias. Outros documentos e dados foram levados à Secretaria da Fazenda e à Receita Federal. Esses órgãos serão responsáveis por quantificar os prejuízos.
Há suspeitas, de acordo com o Ministério Público, de que mais de R$ 50 milhões tenham sido sonegados com o esquema. Testemunhas e presos serão ouvidos ao longo da semana.

Veículos e imóveis dos suspeitos foram sequestrados, ou seja, foram bloqueados para possibilitar a reparação dos danos causados aos cofres públicos.
Os mandados foram deferidos pela 2ª Vara Criminal de Joinville, a pedido da 11ª Promotoria de Justiça, com atribuições na defesa da ordem tributária.

Fonte: http://m.diariocatarinense.com.br/noticias/todas/a4747772